Ana Maria Mendez González
Aprendi a organizar o tempo e me responsabilizar por
ele,
o que não é
fácil para um signo de Peixes com Ascendente em Sagitário,
onde tudo é possível e os sonhos se transformam em
aventuras.
Regina Consoline
as promessas E AS BÊNÇÃOS DE UM TRÍGONO
O nome Trígono - Cursos e Assessoria
Astrológica – chegou à Regina Consoline a
partir de um desafio. Seria possível ter uma experiência real e que fosse facilitadora
com a energia desse aspecto astrológico vibrando no nome?
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Sobrado em vila |
A escola foi
montada a partir de um mapa astrológico que ficou perdido entre papeis ao longo
do tempo. E a experiência da escola aconteceu de acordo com as promessas do que
representa um trígono: foi fácil começar, achar um bom lugar, com excelentes
professores fazendo parte da equipe, sem problemas no funcionamento da escola,
nem com funcionários, documentos ou alunos. Ainda para finalizar, a escola foi
encerrada em decisão tranquila de que era tempo de acabar, no melhor momento e
sem dificuldades. Interessante que essa percepção é de uma avaliação atual. Regina
Consoline não se dera conta de que tudo tinha sido dessa forma.
Em 1987,
além de atender clientes na leitura de mapas astrológicos, ela dava aulas
particulares e no final do ano, já tinha formado pequenos grupos de estudos.
Tudo isso vinha sendo feito em casa, algumas vezes por semana, com aulas apenas
à tarde, equilibrando essa atividade com as questões familiares.
No ano
seguinte, 1988, uma sala foi alugada em um consultório. Os grupos cresciam e mais
oferta de horários era necessária. O gosto pelo ensino talvez estivesse na base
de tudo e assim, surgiu a ideia de abrir uma escola de Astrologia, com um
espaço maior com a possibilidade de cursos diferentes.
A escola foi
registrada no dia 18 de maio de 1989. Após esse registro, funcionou em sala sublocada
em consultório no bairro do Paraíso onde havia aulas para grupos até o final de
1989 quando houve uma palestra de Mitologia dada pela professora Maria Alice
Camargo, encerrando o semestre.
No início de
1990, foi alugada uma casa de vila na rua Tutóia, um local bonito, tranquilo e seguro
com uma vizinhança simpática. Outra mudança foi necessária em meados de 1995, para
outra casa maior na mesma vila.
Uma
programação de cursos e palestras foi organizada e divulgada clientes e alunos,
por meio de mala direta e para livrarias como a Zipak, por exemplo. Outros
profissionais, como ex-professores, foram convidados para dar aula.
Uma desses professores,
Valdenir Benedetti colaborou sobremaneira no início das atividades trazendo
vários alunos para os cursos que ele ministrou. Assim foi também com a professora
de Mitologia Grega Maria Alice Camargo que fez a primeira palestra da escola e colaborou
na divulgação do espaço em seus cursos de mitologia.
Naquela
época a Astrologia fazia sucesso. Havia muitos eventos e palestras em livrarias
e outras escolas que foram oportunidades para a divulgação da escola e de suas
atividades.
A Escola Trígono
tinha cursos de formação em Astrologia,
Astrologia Psicológica, Empresarial, Mundial, Horária e Cármica, e ainda
cursos de Mitologia, Numerologia e Tarô.
Em geral os cursos básico, de interpretação e Astrologia psicológica eram ministrados
pela responsável da escola.
Adonis
Saliba elaborava os conteúdos da parte previsional e os da Astrologia Horária e
Mundial. O professor Valdenir Benedetti
deu alguns cursos de previsão, focando principalmente no melhor local para
passar o aniversário. A professora Rosa Schwartz deu alguns cursos de
Numerologia nos dois primeiros anos e depois a professora Marisa Marin continuou
nessa área e em Numerologia Empresarial. Os cursos de Tarô ficavam por conta da
Pilar F. y Ferrera nos dois primeiros anos e a Astrologia Cármica ficava a
cargo de Ademar Eugenio de Mello. A Astrologia Empresarial, Maurício Bernis. Depois do segundo ano de vida
da Trígono, quem ficou responsável pelos cursos de Mitologia foi o professor
Cid Marcus. O professor e psicólogo Paulo Roberto Grangeiro Rodrigues,
ministrou alguns cursos sobre o desenvolvimento da personalidade através da
Astrologia e Psicologia, assunto esse tratado no seu livro Zodíaco - O Ciclo da
Vida Humana.
Além dos
cursos, houve palestras e workshops com professores da escola e convidados: dr
Sérgio Mortari, Astrologia e Saúde; Elizabeth
Friedrich da Escola Gea; professor Waldyr Fücher da Escola Regulus.
Com essa
movimentação de conteúdos e pessoas o trânsito de alunos foi grande e a escola
tinha sempre turmas novas com um bom número de interessados.
O INÍCIO DE TUDO
A formação da
educadora contou com alguns passos importantes.
Regina Consoline
começou em sala de aula aos dezenove anos, após ter se formado no Magistério no
Colégio Oswaldo Cruz em São Paulo. O exercício como professora de crianças a
acompanhou até que ela terminasse a faculdade de Psicologia. Abriu então, em
sociedade com quem seria seu futuro marido, uma pré-escola, Mamãe Lua, na Vila
Clementino.
Acrescente-se
a esse repertório de educação escolar, a participação em um trabalho voluntário
em São Lourenço (Minas Gerais) junto a um grupo de professores, médicos e
assistentes sociais, com o propósito de alfabetizar os adultos de regiões
distantes, levando também cuidado médico, vacinação etc.
No decorrer
dessas experiências, foi-se construindo dentro dela o prazer e o contentamento
pelo exercício de ensinar. Era uma base consistente essencial para a percepção do
seu lado educadora. Esse repertório talvez tenha alimentado também seu impulso por
fazer coisas novas. Não havia motivo de preocupação, pois não cabia a ideia de
não dar certo. Ela já tinha metas claras. Foi como se
houvesse uma urgência de transmitir tudo o que ela tinha aprendido na vida. Que
melhor motivação para abrir uma escola?
As dificuldades
que se fizeram presentes nesse empreendimento provieram de questões de vida prática.
Por exemplo, como administrar os tempos de escola e as tarefas familiares, já
que a escola requeria diariamente longa dedicação e foco?
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Capa de apostila |
Os primeiros
cursos começavam às 14h e a escola permanecia aberta até 22h quando os últimos
cursos acabavam. Como responsável pelo espaço, ela ainda ficava um pouco mais sem
contar com os cursos que avançavam no horário dependendo do entusiasmo do
professor, como ocorria com o professor Ademar Eugênio de Melo.
As
obrigações familiares faziam que a rotina do dia-a-dia fosse exaustiva e pesada
para todos na família. Por mais que se tentassem saídas para a questão desses horários.
Assim que por volta de 1995, apareceu a ideia de fechar a escola começou a
ganhar corpo. No início de 1996, houve a decisão final, permanecendo os
atendimentos e ainda pequenos grupos, em um consultório preparado para essa finalidade.
Outra
questão a ser marcada, foi a interferência do contexto econômico e político do País
no funcionamento da escola. O custo alto da inflação fazendo o valor de tudo
mudar rapidamente gerava instabilidade e preocupações financeiras.
As dificuldades
com a rotina familiar e com esse contexto do País, não impediram que ao longo do
tempo o projeto inicial da escola fosse ganhando consistência nos conteúdos psicológicos
e mitológicos paralelamente aos astrológicos.
revisando memórias e dimensionando experiÊncias
Ao organizar
as memórias para responder às questões que esta pesquisa lhe apresentou, Regina
Consoline teve uma real dimensão da experiência de ter tido a escola Trígono
que ganhou contornos gratificantes.
As trocas de
conhecimentos com professores e alunos foram abundantes, de aprendizagem no campo
profissional e pessoal. E a experiência representou também a realização do Sol
em Peixes com o Ascendente em Sagitário, transformando seus sonhos em aventuras.
A reação de astrólogos amigos ao conhecer a proposta da escola e a descrição no
papel era: Que coragem!
Só com o passar
do tempo, ela percebeu que a palavra “coragem” era uma substituta delicada para
a palavra “loucura”. Poderia ser uma avaliação até justa perante uma pessoa que
com apenas quatro anos de estudos de Astrologia, desejava abrir uma escola. Mas,
ela seguiu seu sonho e acreditou em sua vontade, sendo grata pela presença de
amigos generosos em compartilhar seus saberes, em dar apoio e participar desse projeto.
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Regina Consoline |
Ao final de
seu depoimento, ela sintetiza: “Fico feliz em pensar que essa minha “loucura”
pode ter sido útil para alguém.”
Com certeza,
são palavras jupiterianas, embaladas ao ritmo do que seria um Grande Trígono devido ao alto
idealismo, às capacidades intuitiva e de visão de Regina Consoline, aliadas à percepção
de futuro e de conjunto.