terça-feira, 31 de março de 2020

ESCOLA TRÍGONO DE ASTROLOGIA, O SONHO E A CORAGEM DE UMA EDUCADORA


Ana Maria Mendez González


Aprendi a organizar o tempo e me responsabilizar por ele,
 o que não é fácil para um signo de Peixes com Ascendente em Sagitário,
onde tudo é possível e os sonhos se transformam em aventuras.
Regina Consoline

as promessas E AS BÊNÇÃOS DE UM TRÍGONO


O nome Trígono - Cursos e Assessoria Astrológica  – chegou à Regina Consoline a partir de um desafio. Seria possível ter uma experiência real e que fosse facilitadora com a energia desse aspecto astrológico vibrando no nome?
Sobrado em vila 

A escola foi montada a partir de um mapa astrológico que ficou perdido entre papeis ao longo do tempo. E a experiência da escola aconteceu de acordo com as promessas do que representa um trígono: foi fácil começar, achar um bom lugar, com excelentes professores fazendo parte da equipe, sem problemas no funcionamento da escola, nem com funcionários, documentos ou alunos. Ainda para finalizar, a escola foi encerrada em decisão tranquila de que era tempo de acabar, no melhor momento e sem dificuldades. Interessante que essa percepção é de uma avaliação atual. Regina Consoline não se dera conta de que tudo tinha sido dessa forma.

Em 1987, além de atender clientes na leitura de mapas astrológicos, ela dava aulas particulares e no final do ano, já tinha formado pequenos grupos de estudos. Tudo isso vinha sendo feito em casa, algumas vezes por semana, com aulas apenas à tarde, equilibrando essa atividade com as questões familiares.
Logo da escola 

No ano seguinte, 1988, uma sala foi alugada em um consultório. Os grupos cresciam e mais oferta de horários era necessária. O gosto pelo ensino talvez estivesse na base de tudo e assim, surgiu a ideia de abrir uma escola de Astrologia, com um espaço maior com a possibilidade de cursos diferentes.
Maria Alice Camargo

A escola foi registrada no dia 18 de maio de 1989. Após esse registro, funcionou em sala sublocada em consultório no bairro do Paraíso onde havia aulas para grupos até o final de 1989 quando houve uma palestra de Mitologia dada pela professora Maria Alice Camargo, encerrando o semestre.

No início de 1990, foi alugada uma casa de vila na rua Tutóia, um local bonito, tranquilo e seguro com uma vizinhança simpática. Outra mudança foi necessária em meados de 1995, para outra casa maior na mesma vila.

Uma programação de cursos e palestras foi organizada e divulgada clientes e alunos, por meio de mala direta e para livrarias como a Zipak, por exemplo. Outros profissionais, como ex-professores, foram convidados para dar aula.
Elizabeth Friedrich 

Uma desses professores, Valdenir Benedetti colaborou sobremaneira no início das atividades trazendo vários alunos para os cursos que ele ministrou. Assim foi também com a professora de Mitologia Grega Maria Alice Camargo que fez a primeira palestra da escola e colaborou na divulgação do espaço em seus cursos de mitologia.

Naquela época a Astrologia fazia sucesso. Havia muitos eventos e palestras em livrarias e outras escolas que foram oportunidades para a divulgação da escola e de suas atividades.

A Escola Trígono tinha cursos de formação em Astrologia,  Astrologia Psicológica, Empresarial, Mundial, Horária e Cármica, e ainda cursos de Mitologia,  Numerologia e Tarô. Em geral os cursos básico, de interpretação e Astrologia psicológica eram ministrados pela responsável da escola.
Waldyr Bonadei Fücher

Adonis Saliba elaborava os conteúdos da parte previsional e os da Astrologia Horária e Mundial.  O professor Valdenir Benedetti deu alguns cursos de previsão, focando principalmente no melhor local para passar o aniversário. A professora Rosa Schwartz deu alguns cursos de Numerologia nos dois primeiros anos e depois a professora Marisa Marin continuou nessa área e em Numerologia Empresarial. Os cursos de Tarô ficavam por conta da Pilar F. y Ferrera nos dois primeiros anos e a Astrologia Cármica ficava a cargo de Ademar Eugenio de Mello. A Astrologia Empresarial,  Maurício Bernis. Depois do segundo ano de vida da Trígono, quem ficou responsável pelos cursos de Mitologia foi o professor Cid Marcus. O professor e psicólogo Paulo Roberto Grangeiro Rodrigues, ministrou alguns cursos sobre o desenvolvimento da personalidade através da Astrologia e Psicologia, assunto esse tratado no seu livro Zodíaco - O Ciclo da Vida Humana.
Festa peruana em fechamento de semestre 1990

Além dos cursos, houve palestras e workshops com professores da escola e convidados: dr Sérgio Mortari,  Astrologia e Saúde; Elizabeth Friedrich da Escola Gea; professor Waldyr Fücher da Escola Regulus.

Com essa movimentação de conteúdos e pessoas o trânsito de alunos foi grande e a escola tinha sempre turmas novas com um bom número de interessados.


O INÍCIO DE TUDO


A formação da educadora contou com alguns passos importantes.

Regina Consoline começou em sala de aula aos dezenove anos, após ter se formado no Magistério no Colégio Oswaldo Cruz em São Paulo. O exercício como professora de crianças a acompanhou até que ela terminasse a faculdade de Psicologia. Abriu então, em sociedade com quem seria seu futuro marido, uma pré-escola, Mamãe Lua, na Vila Clementino.

Acrescente-se a esse repertório de educação escolar, a participação em um trabalho voluntário em São Lourenço (Minas Gerais) junto a um grupo de professores, médicos e assistentes sociais, com o propósito de alfabetizar os adultos de regiões distantes, levando também cuidado médico, vacinação etc.
Regina Cosoline, Adonis Saliba, Ana M M González 

No decorrer dessas experiências, foi-se construindo dentro dela o prazer e o contentamento pelo exercício de ensinar. Era uma base consistente essencial para a percepção do seu lado educadora. Esse repertório talvez tenha alimentado também seu impulso por fazer coisas novas. Não havia motivo de preocupação, pois não cabia a ideia de não dar certo. Ela já tinha metas claras. Foi como se houvesse uma urgência de transmitir tudo o que ela tinha aprendido na vida. Que melhor motivação para abrir uma escola?

As dificuldades que se fizeram presentes nesse empreendimento provieram de questões de vida prática. Por exemplo, como administrar os tempos de escola e as tarefas familiares, já que a escola requeria diariamente longa dedicação e foco?
Capa de apostila

Os primeiros cursos começavam às 14h e a escola permanecia aberta até 22h quando os últimos cursos acabavam. Como responsável pelo espaço, ela ainda ficava um pouco mais sem contar com os cursos que avançavam no horário dependendo do entusiasmo do professor, como ocorria com o professor Ademar Eugênio de Melo.

As obrigações familiares faziam que a rotina do dia-a-dia fosse exaustiva e pesada para todos na família. Por mais que se tentassem saídas para a questão desses horários. Assim que por volta de 1995, apareceu a ideia de fechar a escola começou a ganhar corpo. No início de 1996, houve a decisão final, permanecendo os atendimentos e ainda pequenos grupos, em um consultório preparado para essa finalidade.

Outra questão a ser marcada, foi a interferência do contexto econômico e político do País no funcionamento da escola. O custo alto da inflação fazendo o valor de tudo mudar rapidamente gerava instabilidade e preocupações financeiras.

As dificuldades com a rotina familiar e com esse contexto do País, não impediram que ao longo do tempo o projeto inicial da escola fosse ganhando consistência nos conteúdos psicológicos e mitológicos paralelamente aos astrológicos.


revisando memórias e dimensionando experiÊncias


Ao organizar as memórias para responder às questões que esta pesquisa lhe apresentou, Regina Consoline teve uma real dimensão da experiência de ter tido a escola Trígono que ganhou contornos gratificantes.
Celebração com grupo de alunos

As trocas de conhecimentos com professores e alunos foram abundantes, de aprendizagem no campo profissional e pessoal. E a experiência representou também a realização do Sol em Peixes com o Ascendente em Sagitário, transformando seus sonhos em aventuras. A reação de astrólogos amigos ao conhecer a proposta da escola e a descrição no papel era: Que coragem!

Só com o passar do tempo, ela percebeu que a palavra “coragem” era uma substituta delicada para a palavra “loucura”. Poderia ser uma avaliação até justa perante uma pessoa que com apenas quatro anos de estudos de Astrologia, desejava abrir uma escola. Mas, ela seguiu seu sonho e acreditou em sua vontade, sendo grata pela presença de amigos generosos em compartilhar seus saberes, em dar apoio e participar desse projeto.
Regina Consoline

Ao final de seu depoimento, ela sintetiza: “Fico feliz em pensar que essa minha “loucura” pode ter sido útil para alguém.”

Com certeza, são palavras jupiterianas, embaladas ao ritmo do que seria um Grande Trígono devido ao alto idealismo, às capacidades intuitiva e de visão de Regina Consoline, aliadas à percepção de futuro e de conjunto.

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